terça-feira, 19 de junho de 2012

INSÔNIA

As almas passeiam na noite silente
As almas não dormem também eu não durmo
Meu pensamento é um rio corrente
Que leva pra longe suas águas sem rumo.

A madrugada é longa e escura
Na madrugada me movo no escuro
Mas sei que o dia já vem em brancura
E dessa noite também já me curo.

Ouço ao longe um galo cantando
Ouço bem perto um barulho intrigante
São os sons da noite apressada passando
E atrás vem o dia de luz radiante.

Abre-se enfim a pálpebra do dia
Abrem-se as janelas das casas, felizes
O sol já bem alto sua luz irradia
Das cores desvenda seus muitos matizes.

Com os olhos cansados da noite em vigília
Da noite em dia virada ao avesso
Persigo esta noite por mais uma milha
O sono me vem enfim adormeço.

Janete Roen

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