sábado, 21 de abril de 2012

DOR IMENSA

Uma dor imensa me consome
Queima a labareda indiferente
Um carrasco cruel de riso infame
Dança rindo à minha frente.

Sinistramente eu gozo esse torpor
Esse fogo infernal, familiar
Queima, cauteriza a minha dor
Pra eternidade espero ver queimar.

Agora quem ri é o meu ser inteiro
De um sarcástico patético riso louco
O crepitar desfaz-se aos poucos
Chora agora o carrasco zombeteiro.

O fogo queima alheatório até o fim
Depois, só vestígios e fumaça
Por onde o fio da vida passa
E a procura pelo que restou de mim.

Janete Roen

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