sexta-feira, 4 de maio de 2012

À DERIVA

Vivo como quem vive equivocada
Num mar de tormenta e correntezas
A bússola da vida está quebrada
Cobriu-se o horizonte de incertezas.

Dos mares navegados por Colombo
Longe está de mim a terra à vista
Desbravando as milhas com assombro
Foi-se a última esperança de conquista.

Navego à deriva, à própria sorte
Rasgou-se ao meio o punho, a vela
Com as tempestades e o vento forte
Apagou no céu a última estrela.

Cobriu a noite o oceano
Perdida estou sem rumo certo
Naufraguei na maré dos desenganos
Sem saber que o cais era tão perto.

Janete Roen

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